Gestora do GRT discute ambientes de trabalho saudáveis no mundo digital EGC - Notícias

Criar ambientes saudáveis no trabalho no mundo digital híbrido, em prol de uma melhor qualidade de vida para todos, proporcionando segurança psicológica para que os colaboradores possam se expressar livremente. Esse foi o mote das discussões do projeto Ecos do Comportamento, liderado pela gestora do Grupo de Relações do Trabalho (GRT) do Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCMSP), Luiza Correia Hruschka, na terça-feira (1/11). A reflexão, em formato online, discutiu formas para lidar com as competências sócio-emocionais das pessoas diante da necessidade de criar formas de comunicação mais abertas em relação aos novos desafios, preocupações e oportunidades do mundo moderno do trabalho.

 


“Nesses novos tempos, precisamos estimular a segurança psicológica dos colaboradores para que eles se sintam seguros para se relacionar, em um clima no qual se expressem à vontade”, explicou Luiza durante a atividade, que contou com a participação remota de servidores públicos de vários departamentos do Município e até de outras cidades. A principal vantagem dessa atitude, de acordo com ela, é que os erros são rapidamente reportados e as ideias compartilhadas entre os vários participantes dos trabalhos nas unidades profissionais.

Em uma enquete realizada logo após esse trecho da palestra, 78% das pessoas que responderam disseram que o ambiente de trabalho em sua área era psicologicamente seguro, enquanto 11% afirmaram que o ambiente não era. Nesse sentido, de acordo com Luiza, o trabalho do gestor é fundamental para manter as equipes motivadas e satisfeitas. Assim, ela fez questão de questionar o público se há formação de equipes saudáveis e seguras por parte dos gestores em suas áreas de trabalho. Nesse caso, o porcentual dos que afirmaram que havia formação de equipes com estas características foi de 63% ante 38% que disseram que não havia.

“É muito importante haver uma gestão participativa. As vantagens deste tipo de atuação são as pessoas colocando livremente suas opiniões, a redução da rotatividade no trabalho, aumento da produtividade, retenção de talentos, um clima positivo e um aumento da motivação”, afirmou Luiza. Para que isso ocorra, em sua visão, é necessário criar um ambiente que propicie uma relação saudável e aberta entre os colaboradores e os gestores.
E como fazer para criar esse ambiente em que as pessoas têm prazer em trabalhar e não são tolhidas em suas manifestações? Para a gestora, a liderança precisa desenvolver uma escuta ativa, ou seja, estar sempre pronto a ouvir e corrigir rumos. Há, de acordo com ela, alguns passos para obter esse resultado. “A primeira necessidade é preparar o terreno que significa oferecer condições para que as pessoas abandonem as crenças da incompetência. A ideia é estudar as falhas, compreendendo suas complexidades e convidar as pessoas a participar das discussões, envolvendo-as com perguntas que as inspirem a pensar e estimular a reflexão”, afirmou.

Além disso, de acordo com Luiza, se o gestor responde de uma forma produtiva aos questionamentos, buscando oferecer caminhos para a resolução dos problemas e um aprendizado contínuo, ele vai favorecer o desempenho dos colaboradores e se tornar um motivador para novas atitudes. “Por fim, é importante que o líder faça a chamada investigação proativa, elaborando perguntas poderosas para ajudar no entendimento do grupo, que provocam a inspiração e mudam o pensamento das pessoas”, explicou. Entre as possibilidades de melhoria nas relações de trabalho, ela sugere que seja estabelecido um dia para discutir a segurança psicológica da equipe, em que todos terão direito à palavra e poderão se expressar livremente.


Assista à palestra da gestora: 


A mediação foi realizada pelo coordenador de eventos da EGC, Valdir Burqui

A gestora das Relações do Trabalho do TCMSP, Luiza Hruschka, palestrou na ocasião